quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Conhecendo o lado escuro da luz.

Os espaços são insuficientes nessas horas.

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caindo
- Desde quando?
- Há algum tempo.
- O que é um tempo? Que é tempo?
- As coisas mudam. Isso mudou.
- Tem certeza?
- Tenho.
- Eu sou leal. Eu não queria. Desculpa.
- Tem certeza?
- Tenho.
- O que mudou? O que ficou? Nada mais?
- Não. Aliás, algo mais. Algo menos. Nada igual.
- Tem certeza?
- Tenho.
- Hoje, o que quiseres. Estou conformada.
- Tem certeza?
- Tenho.
- Mudou de novo?
- Mudou.
- Tem certeza?
- Tenho.
- E agora?
- ...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Hipóteses

Ela disse: "Não se apegue ao 'se', minha querida. Isso são apenas hipóteses.
Mas o que é a confiança senão hipóteses?
É mais ou menos como apostar num número em um jogo de dados. No fim você reza para que o dado não seja viciado ou o suposto número seja o correto.
As vezes estão corretos.
Mas as vezes não.
Eu digo: "hipóteses, querida, hipóteses".

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Distância



Horizonte
céu - inferno
Eu - você

Há mar

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Diálogos

Me descarna os lábios
o peito assim morno
Me prende a alma
a boca seca de palavras
àqueles que vieram ao mundo para se expressar,
mas não possuem o dom das palavras, o que resta?
- o gesto amargo e dedutivo. e se o que assoma são as partes vazias do dialógo, como então preencher com o vão dos gestos, da dança, da arte?
àqueles que buscam as palavras perdidas: o silêncio.
O único que se mostra em demasia e revela as intenções desnudas de sintaxe.
Aquele que unicamente pertence ao tempo e com ele preenche todo o espaço.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Pensamentos

As esquálidas rosas de setembro (perene sentimento) me enchem de uma ambigüidade múltipla em que ora tento ora desisto de ser e não ser.

Sempre gostei dos ventos (brisas mornas de inquietude) entre o inverno e a primavera (aquele finzinho de inverno). Nesses dias, o peito infla de esperança e se me pego na estrada vejo a vida passageira (do lado da janela). Por sorte, existe uma parada.

Ou poderia viver assim, pensando os pensamentos e dilatando o tempo (sonhando acordada).

domingo, 26 de outubro de 2008